quarta-feira, 1 de julho de 2015

Não tem mais bobo no futebol. Ou tem?

Tragédia anunciada.


Após a suspensão de Neymar, era muito difícil que a seleção brasileira conseguisse um resultado expressivo na atual edição da Copa América. Sem o craque do Barcelona, somos um time normal, comum, não muito diferente do Chile, da Colômbia e nem mesmo do Paraguai. Quem diria. Viramos “fregueses” dos paraguaios. Afinal, foram duas edições consecutivas sendo eliminados por eles. Já há quem diga que a expressão “cavalo paraguaio” deve ser trocada por “pangaré brasileiro”. É, a coisa está feia.

Ao apontarmos os culpados, o técnico Dunga encabeça a maioria das listas. De fato, não o considero – nem de longe – o nome ideal para comandar nossa seleção. Afinal, qual foi sua experiência como técnico de futebol antes de assumir a seleção brasileira? Em sua primeira passagem, após a Copa do Mundo de 2006, chegou ao cargo sem nunca ter treinado um time sequer.
Após o fracasso em 2010, teve uma passagem sem muita expressão no Internacional (RS) e, mais uma vez recebeu o convite da CBF que visava à “renovação do futebol brasileiro”. Renovação? Com Dunga como técnico? Infelizmente, não é de se admirar as estranhas escolhas de nossos dirigentes.

Mas Dunga não é o único culpado. Jogadores? Tem sua parcela de culpa. Um time sem brio, sem sangue, desconcentrado (vide o pênalti cometido por Thiago Silva e o desempenho nas cobranças decisivas) e, principalmente, sem a capacidade técnica de criar boas oportunidades e fazer um bom jogo. Não é o mercado agrícola, mas a safra atual está longe de ser das melhores.

Treinador, jogadores...DIRIGENTES. Esses últimos, em minha opinião, os maiores culpados. Após os últimos episódios de denúncias e investigações, ficou ainda mais claro ver nas mãos de quem está o nosso futebol (e há quanto tempo). O último presidente está preso, o penúltimo sempre tem seu nome questionado, e o atual sequer saiu do Brasil para acompanhar as seleções nos torneios que estavam sendo disputados. Por quê?

É sob a batuta desse tipo de gente (e muitas outras que compõem esse fétido complô) que é regido nosso futebol.

Resultado no campo após um ano da maior tragédia do futebol brasileiro (os 7 a 1 contra Alemanha): mais uma eliminação ridícula para o Paraguai, em fase quartas-de-final de Copa América. Outro vexame em menos de 365 dias.

Como diria o velho jargão futebolístico, “não tem mais bobo no futebol”. Ou melhor, tem sim. Nós! O Brasil! Que parece estar “deitado eternamente no berço esplêndido” da arrogância, da presunção, da incompetência e do caráter duvidoso de seus dirigentes.

7 a 1 foi pouco. Muito pouco!


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