Que momento. Que momento do
futebol brasileiro. Que momento das nossas seleções. Que fase. Que zona. Que
bagunça.
Nossos garotos da seleção sub-20
perderam a final do Mundial para a Sérvia. Nossas meninas caíram diante da Austrália
pela Copa do Mundo, no Canadá, nas oitavas de final. E a seleção principal...Classificamos.
E só.
Mas vamos por partes. Creio que
as críticas merecem seus justos destinos e as devidas ponderações.
Chegamos à final, fizemos um ótimo jogo e por detalhes que só o futebol tem, caímos diante da pragmática (e boa) seleção sérvia. Fica a decepção por ver um título escapar a dois minutos do final da prorrogação. Mas fica também a esperança de uma geração de jogadores que demonstraram, além de boa técnica, muito brio e vontade de ganhar. Basta ver a reação dos nossos atletas ao final do jogo. Bem diferente de um grande astro do nosso futebol que, em um gesto de absoluto desprezo e desrespeito, chegou a falar ao telefone celular enquanto recebia a medalha de bronze nas Olimpíadas de Pequim, em 2008. Parabéns aos garotos!
A decepção no futebol feminino
também foi grande. Marta e cia não conseguiram passar pela Austrália e foram
mais uma vez eliminadas de uma grande competição. O que também se repetiu foi a
sequencia de desabafos de nossas atletas diante do fraco (ou quase inexistente)
investimento na categoria. Nossa estrela maior foi categórica: “Agora, sem dúvida nenhuma, vão aparecer
muitas pessoas querendo criticar. Mas na hora de ajudar ninguém ajuda.” E ela
tem razão. Um exemplo prático: Marta já jogava destaque, enquanto, no Japão, o
futebol feminino sequer existia. Hoje, as japonesas já despontam com
superioridade em relação a nós. Falta respeito à modalidade. O que a riquíssima
CBF fez e faz por nossas jogadoras? Muitas ali sequer trabalho têm e brigam por
sobrevivência, como disse também a camisa 10 da seleção brasileira em um de
seus discursos. Parabéns às meninas!
Chegamos, então, à badalada
seleção principal. Uma primeira fase quase catastrófica na Copa América.
Vitória sofrida na estreia contra o Peru, derrota ridícula para a Colômbia (não
pelo resultado, mas pelo desempenho em campo), e triunfo não menos sofrido contra
a Venezuela pela última rodada. No meio de tudo isso, o nervosismo de Neymar e
sua precoce suspensão do torneio.
Um futebol pobre, sem arrancar suspiros, sem empolgar, e que chega ao ponto de ter 4 (sim, 1-2-3-4) zagueiros diante da “poderosíssima” seleção venezuelana. E agora? Quais as reais chances de nossa seleção sem seu (único) craque? Sentiremos a tal “neymardependência”? Creio que sim, mas acho que nossa dependência maior é outra. Ou são outras. E começam lá de cima...
Um futebol pobre, sem arrancar suspiros, sem empolgar, e que chega ao ponto de ter 4 (sim, 1-2-3-4) zagueiros diante da “poderosíssima” seleção venezuelana. E agora? Quais as reais chances de nossa seleção sem seu (único) craque? Sentiremos a tal “neymardependência”? Creio que sim, mas acho que nossa dependência maior é outra. Ou são outras. E começam lá de cima...
Mesmo com três importantes campeonatos
acontecendo em diferentes países, a cúpula do nosso futebol, a saber, o senhor
presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, ficou no Brasil, deixando de lado
nossas seleções. Medo de alguma investigação? Não sei. Mas que é patético é.
Não sofremos da
“neymardependência”. Dependemos de vergonha na cara, profissionalismo, lisura,
honestidade, competência, capacidade, vontade, respeito...
Triste é ver a enorme distância
que estamos de tudo isso.
Muito bem...
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