terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Super Bowl... Sonhar não custa nada!

No último domingo (1º/2) tivemos a 49ª edição do Super Bowl, a grande final da NFL – National Football League, o famoso futebol americano. Em um jogo repleto de emoção, com viradas dos dois lados, o New England Patriots se sagrou campeão, batendo o Seattle Seahawks, por 28 a 24.


Resultados à parte, o que mais impressiona são os números e informações que permeiam esse grande espetáculo. Aliás, nenhuma outra palavra define melhor tal evento. A coisa vai muito além de um simples jogo de bola (oval, no caso).

A seguir, uma pequena amostra de dados sobre o Super Bowl:

· 9 dos 10 eventos mais assistidos nos Estados Unidos foram Super Bowls.

· Um comercial de 30 segundos na TV nos intervalos do jogo custam US$ 4,5 milhões (cerca de R$ 11,7 milhões).·  Os ingressos para o Super Bowl custam, em média, US$ 4.676,00 (cerca de R$ 12.000,00).


· Em 2015, o evento foi transmitido em 180 países, em mais de 30 idiomas. Estima-se que a audiência beirou os 170 milhões de espectadores.


· Só durante o fim de semana no qual ocorre o Super Bowl, US$ 12,6 bilhões (ou cerca de R$ 32 bilhões) são gerados apenas nos EUA. O Facebook, por exemplo, gera US$ 10 bilhões durante o ano todo - e em todo o mundo.



(Fonte: www.megacurioso.com.br / www.mapofsports.com)

Desnecessário (e cruel) fazer qualquer comparação com a organização do esporte brasileiro. Nem o nosso maior campeonato, da modalidade com maior apelo político-econômico-social, consegue minimamente se equiparar aos números e à grandiosidade de um evento como o Super Bowl. Sem falar nos grandes espetáculos da NBA (National Basketball Association), da MLB (Major League Baseball), do cada vez mais consolidado UFC (Ultimate Fighting Championship), entre outros.


É evidente que não podemos ignorar as diferenças abissais nos aspectos sociais e (principalmente) econômicos que existem entre o Brasil e um país como os Estados Unidos. Seria simplista demais traçar qualquer comparativo. E não é a intenção aqui.

Mas creio que a grandeza dos outros pode nos ajudar a entender nossas muitas deficiências e carências. O esporte no Brasil é maltratado, vilipendiado sem o menor pudor. Usado muitas vezes de forma inescrupulosa para promover (e enriquecer) entidades que pouco fazem em favor do esporte (eis as recentes denúncias contra a CBV – Confederação Brasileira de Vôlei e os muitos escândalos na CBF – Confederação Brasileira de Futebol).

Nosso problema em relação ao esporte - assim como em muitas outras áreas - é estrutural, questão de modelo. Feridas e máculas que vêm desde a raiz, da base.

Tivemos a Copa do Mundo. Breve receberemos as Olimpíadas. Oportunidades tão boas quanto essas para aprimorarmos e melhorarmos a política estrutural do esporte no Brasil não devem mais acontecer. Estamos aproveitando? Será que aproveitaremos?

Sonhar não custa nada.

André Ramos 





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