Que várzea!
Na última semana, a Copa Libertadores da América viveu
momentos lamentáveis. Mais uma vez. No grande clássico argentino, entre Boca
Juniors e River Plate, na mítica Bombonera, ao retornar para o segundo tempo de
partida, jogadores do time visitante foram atingidos por com gás de pimenta
ainda no túnel de acesso. O estrago foi grande. Queimaduras, olhos irritados,
problemas para respirar. Após mais de uma hora de espera e indefinição, o
árbitro deu a partida por encerrada.
Eis que a bola vai para a CONMEBOL. Qual seria a punição que
a Confederação Sul-Americana aplicaria ao grande Boca? Após dois dias de
espera, veio o veredito: eliminação do atual torneio, portões fechados nas próximas
quatro partidas continentais, quatro partidas como visitante sem direito a
ingressos, além de uma multa no valor de U$ 200 mil (cerca de R$ 600 mil).
espera e indefinição, o
árbitro deu a partida por encerrada.
Hoje, dia 18 de maio, surge uma notícia (no mínimo)
curiosa. O jornal espanhol “AS” informou que a CONMEBOL abriu mão de uma
vaga na Copa do Mundo de 2018 para que a punição ao Boca pudesse ser amenizada,
já que a FIFA exigia uma penalidade severa ao time argentino, o que traria
prejuízos à entidade sul-americana. A decisão final, segundo o jornal, será no
dia 29 de maio.
De qualquer forma, é um absurdo que ainda estejamos vendo
esse tipo de coisa acontecer. E a principal culpada é a própria CONMEBOL. Uma
entidade que é historicamente conivente com os mais diversos absurdos que já
pudemos presenciar em campos ao redor da América do Sul. Tem-se como “normal” o
fato de um jogador precisar de reforço policial para bater um simples escanteio.
“É assim mesmo, isso é LIBERTADORES!"
Até onde eu sei, pedras não fazem parte de um jogo de
futebol. A não ser aquelas usadas para servir como trave no saudoso futebol de
rua.
No fim das contas, considero pequena a punição ao Boca. O
mínimo necessário diante da repercussão negativa e da cobrança por penalidades
mais duras. Mas fica agora a necessidade de desvendar esse possível acordo
firmado com a FIFA, que pode interferir diretamente na própria seleção
brasileira. Se bem que não corremos o risco de não ficar entre os quatro
primeiros colocados nas eliminatórias. Não mesmo?
Aguardemos.
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